Domingo, 18 de Janeiro de 2009

Introdução:

 

Está montado novo circo. Finalmente a líder do PSD veio falar à comunicação social e, em três dias, ateia de novo uma discussão que já começa a estar gasta. O projecto do TGV, que vem sendo conduzido a baixíssima velocidade, está de novo na ordem das confusões e do “diz que disse” deste palco político comediante. Manuela Ferreira Leite garante que, se for governo [:D hilariante], o TGV pára imediatamente, se é que até lá já andou alguma coisa!!! Dias depois da sua severa intervenção contra o Governo actual e contra a sua politica de combate à crise, esta senhora apontou o dedo ao Sr. Engenheiro por ter ido pedir apoio e criticas a Espanha que por cá fizessem Eco. Pois bem, ao que a TVI relata, o correspondente espanhol (e não enviado especial, pontual) recolheu opiniões de todos os grupos políticos espanhóis, contrariamente ao que a Drª Manuela insinuava. Regurgitando, claramente, oportunismo político a líder do PSD fica muito mal numa fotografia tirada junto ao “slogan” de um “congresso de pré-campanha” que apelava à verdade.

 

 Apontamentos breves:

 

Podendo concordar com a ex-ministra das finanças, que votou o projecto quando era Governo, quando considera que o investimento no TGV é muitíssimo elevado e pode pôr em causa a sustentabilidade a médio-longo prazo, não posso, contudo, deixar de pensar que Portugal tem agora o último apeadeiro para apanhar o comboio da UE.

 

Que a recuperação da nossa economia terá de passar inevitavelmente pelo reestruturar do sector privado, já todos entendemos, mas a forma de o impulsionar é muito discutível. Quanto a mim, parece-me necessário criar, em primeiro lugar, infra-estruturas que, a par de politicas de incentivo fiscal, terão, no futuro, importantes frutos no investimento directo estrangeiro e consequentemente na estrutura deficiente dos sectores privados. Não é ao acaso que a Europa e os EUA estão a apostar forte no investimento público, única área que no momento consegue financiar o crescimento. É certo que a OTA (que agora é Alcochete) e o TGV são projectos ambiciosos e que nos vão causar um elevado endividamento, quando a capacidade nesta matéria é já reduzida, mas é preciso crer que estes são passos importantes para a retoma. Investimentos como este são fulcrais num país que conhece um grave atraso face à grande maioria dos seus parceiros comunitários. Acredito seriamente que a criação de riqueza e de emprego terá de passar inevitavelmente, a curto prazo, pela intervenção dos Estado, em particular neste país. Não obstante o actual executivo não deverá ignorar que estes investimentos deverão ter um acompanhamento sensível em matéria de empregabilidade, uma vez ser necessário garantir que a criação de postos de trabalho não será fortuita e ocasional. Importa garantir continuidade às políticas económicas e sóciais que começam agora com este plano anti-crise.

publicado por Fábio Duarte às 18:38

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