Esta é a moderna escravidão.
Aquela que nos amarra
Às inúmeras inconsciências
De quem inevitavelmente esbarra
Em inatingíveis sonhos e demais impaciências.
Imortais, nós prisioneiros
Que vivemos de tantos sonhos,
Como eternos cavaleiros
Quiçá demasiado tristonhos.
Moldamos objectivos próprios
Torneando imposições “genéticas”.
Procura-mos nós um reflexo espelhado,
Que roce a perfeição em vidas frenéticas.
Nova sombra neste mundo quase apagado,
Que nos alegre por momentos impares
Adiando aquele dia anunciado
Lapidamos dias de aprimorados ares.
Talhando minuciosamente o coração,
De quão forma incontornável
Resume-se tal vida em Escravidão,
E seu término como inevitável.