Domingo, 31 de Maio de 2009

 

Dois mil e nove figurará pela entrada oficial do nosso pequeno País em recessão económica, como oficiosamente já se avançava em Novembro do ano passado. Com este cenário no horizonte há agora, com especial relevo, uma dicotomia de pensamento político-económico que muito nos deverá preocupar e que se relaciona com a estabilidade e crescimento imperioso e, por outro lado, com o combate político que se adivinha.

 

Portugal é actualmente um país enormemente fragilizado pela conjuntura internacional e por algumas politicas tolas que em muito justificam o caos em que vivemos. Como resultado dirão, grande parte dos analistas à margem das facções ideológicas, que é premente criar condições para que haja uma Governação coesa e estável capaz de nos apontar o caminho da tão adiada convergência e da bonança social proclamada pelo Socialismo esquecido. Até aqui só se conhecessem unanimidades.

 

Não obstante desta necessidade, o problema surge quando nos apercebemos que este ano conhecerá um clima altamente conturbado do ponto de vista político já que, leia-se, serão realizados três actos eleitorais distintos. Se as eleições europeias pouco atingem os interesses dos cidadãos portugueses, já as autárquicas e mormente as legislativas em muito contribuirão para um intensificar da agitação política nacional, pelo lançar de farpas típicas de campanhas eleitoralistas. Neste sentido, o obstáculo que já se coloca ao actual executivo será o de contornar as inevitáveis guerrilhas pré-eleitorais, de que o tema freeport é exemplo flagrante, e concentrar os seus esforços, bem como de todos os que compõem a Assembleia da República (que por isso representam as nossas verdadeiras preocupações, pelo menos em tese), na reestruturação da economia nacional e no combate à crise. Por outro lado, e com maior impacto no futuro, deparamo-nos com a dificuldade em garantir que o próximo Governo conheça a maioria absoluta como garantia de estabilidade, o que me parece francamente impossível. Com efeito, onde poderá este povo agarrar-se para crer no clima de confiança que se pretende difundir?

 

O actual Primeiro-Ministro, e futuro se nenhum cenário atípico se montar, carece, nitidamente, de apoios que garantam uma boa governação sem assento maioritário na Assembleia da República, o que nos deverá preocupar seriamente. Quando pensamos nos episódios recentes com o Presidente da República esse cenário agrava-se ainda mais. Governar sem maioria é deixar o rumo de um país à mercê de alguns dos caprichos da oposição que, por politicas maiores, não hesitarão em bater o pé quantas vezes forem precisas. 

 

Haveria, no entanto, uma alternativa que a seria noutras circunstâncias. Falo-vos da constituição de um Bloco Central. Reconhecendo, no entanto, que isso implicaria operações de charme a léguas dos estilos do Sr. Engenheiro José Sócrates e da Dr. Manuela Ferreira Leite, é fácil de compreender que esta seria, inevitavelmente, a melhor alternativa a um Governo em constante xeque-mate. Concordo com aqueles que temem o Bloco Central por poder traduzir uma séria subversão do funcionamento político Português. No entanto, acredito que o nosso povo precisa, urgentemente, de um grupo de pessoas que lhes ofereçam garantias e que deixem de parte as cores partidárias e o jogo do GovernoVsOposição. As interpretações estatísticas mostram-nos que os Portugueses estão fartos de políticos e de zelos ideológicos estanques. Hoje procuram verdadeiros pedagogos que se unam em prol da recuperação deste país que, embora Europeu, se tem aproximado gradualmente de realidades de Terceiro Mundo. É justamente por tudo isto que é imprescindível garantir que este e os próximos quatro anos sejam governados com a atenção voltada para os problemas reais que afectam directamente o dia-a-dia de todos nós.

 

Srs. Ministros e demais classe política importa deixar as guerrilhas políticas para segundo plano, porque para politiquice bem basta a que já conhecemos.   

 

publicado por Fábio Duarte às 15:11

Sexta-feira, 08 de Maio de 2009

Meus caros, como nao tenho tido tempo para postar algo de interessante hoje deixo-vos uma noticia recente do JFP, cujo conteudo contem igualmente parte minha em entrevista.

 

Há alunos na UBI que não sabem quem é o novo reitor
Poucos foram os estudantes que mostraram saber quem é o novo reitor da UBI. Uns apenas sabiam o nome, outros nem tinham conhecimento que a Universidade já tinha novo reitor
Jornais e blogues não conseguiram fazer chegar a informação aos jovens universitários. O “passa palavra” parece ainda ser o método mais eficaz
O dia 6 de Abril de 2009 vai ser recordado como a data da escolha de um novo reitor para a Universidade da Beira Interior. Mas o processo de escolha começou bem antes. A 6 de Novembro de 2008, exactamente cinco meses antes, tiveram lugar as eleições para o Conselho Geral da UBI, um novo órgão, criado no seguimento do novo Regime Jurídico das Instituições de Ensino Superior (RJIES), constituído por representantes dos alunos, professores e funcionários da Instituição, assim como personalidades externas à mesma.
As eleições para a reitoria da UBI mas também o próprio RJIES, que foi aprovado no Verão de 2007, fizeram correr muita tinta nos jornais regionais, nacionais e estrangeiros. O assunto também mereceu devido destaque na blogosfera regional e até no micro-blogue, Twitter. No entanto, os estudantes ubianos parecem ter ficado alheios a todo o processo.
Ângela Saraiva está inscrita no terceiro ano de Ciências do Desporto, apenas soube que a Universidade onde estuda tem um novo reitor quando foi inquirida pelo NC, também assim ficou a saber como se chamava o reitor cessante. “Não segui o processo de escolha. Sei que havia um candidato de Medicina, um das Ciências Sociais e o anterior reitor”, afirma. A estudante refere-se a João Queiroz, António Fidalgo e Santos Silva, respectivamente, mas esqueceu-se, ou não sabia, de Jorge Barata. As eleições de Novembro passaram despercebidas. “Nem sabia, nem sei o que é o Conselho Geral”, confessa.
Também Daniela Pais, estudante do segundo ano de Optometria, não sabe o que é ou qual é a função do Conselho Geral. “Nem nunca ouvi falar”, acrescenta. Votou nas eleições para escolher os representantes dos alunos, mas confessa que “não sabia no que estava a votar”. Dos candidatos só não referiu Jorge Barata, dos outros sabia o nome pelas conversas com os amigos. Do novo reitor sabe que o apelido é Queiroz, do seu programa para a UBI não conhece nada, mas tem a esperança “que baixe as propinas”.

“Falta nos estudantes uma cultura interventiva generalizada”

Não são apenas as estudantes a alhearem-se do assunto. Pedro Ferro, estudante de Aeronáutica, está na Covilhã há quatro anos. Garante que ouviu “falar de qualquer coisa”, mas não sabe quem é o novo reitor. Na verdade, “nem sabia que os alunos também tinham voto na escolha”. Conselho Geral é um termo que desconhece. Mais breve é Tiago Santos, também ele há quatro anos a estudar na UBI. “Sei que ganhou um professor de bioquímica e que o professor Fidalgo se candidatou”, refere o futuro cineasta.
Mais informado parece estar o jovem finalista em Gestão, Fábio Duarte, 20 anos, que fez parte da “lista patrocinada pela AAUBI e pelos responsáveis dos núcleos”. “Falta nos estudantes da UBI uma cultura interventiva generalizada. Para além destas eleições, que eram de extrema importância para a Instituição, muitas outras têm passado um pouco ao lado dos alunos”, critica. Não deixa de frisar, no entanto, que “ainda assim são os estudantes da Faculdade de Ciências Económicas e Sociais os que, da UBI, mais se mostram interessados. Pelo menos é o que têm traduzido os números da Associação Académica”, explica.
Em relação ao futuro de Queiroz à frente da Universidade, Fábio espera “realismo numa Instituição que procura maiores padrões de competitividade mas que ignora o contexto em que se situa”. “Com este reitor parece-me ainda mais fácil reenquadrar os modelos de excelência em toda a UBI. Este docente já provou ter ganho consensos e isso é o mais importante numa universidade penalizada pela localização face a Coimbra, Aveiro ou Lisboa. Neste momento, nem com a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro conseguimos competir”, lamenta.

Receio que as Ciências da Saúde sejam beneficiadas

O estudante de Gestão não se considera um profundo conhecedor do Plano de João Queiroz mas não deixa de admitir que “não é altura para se ter receios”. Da mesma forma parece pensar Marisa Rodrigues, estudante do primeiro ano de Ciências da Comunicação: “Os alunos estão com um certo receio que as áreas das Ciências da Saúde saiam beneficiadas mas só com o tempo poderemos ver as reais ideias do novo reitor”.
Dos candidatos não tinha opinião formada. “Sou aluna nova na UBI”, defende-se, mas deixa escapar que Santos Silva merecia a sua confiança. “Não por o conhecer, mas porque segundo consegui saber fez um bom trabalho pela Universidade”, sublinha.
A cumprir o seu primeiro ano na UBI encontra-se, igualmente, Marta Carvalho, estudante no mestrado de Jornalismo. A jovem, que se licenciou em Coimbra, revela que não conhece “muito bem” o projecto do novo reitor, mas garante que seguiu o processo de escolha. “Espero que o professor Queiroz faça da UBI uma universidade moderna e com boa reputação. Gostaria que se conseguisse acabar com o estigma de que as universidades do Interior do País não são boas”, deseja.
Em relação à eleição do novo reitor diz não saber se foi ou não uma boa escolha. “De qualquer maneira houve uma mudança e isso pode ser positivo no sentido que pode trazer inovação e novos projectos para a UBI”, advoga.
 

 

publicado por Fábio Duarte às 23:47

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