Terça-feira, 30 de Dezembro de 2008

 

O reforço e o agravamento das assimetrias entre o litoral e o interior deixaram há muito de ser um mero “cliché” nas análises a questões económicas e sociais. Esta realidade é cada vez mais significativa e importante que carece ainda da devida atenção por parte dos diversos Governos. Retratando bem esta problemática estão as noticias que semanalmente são publicadas nos jornais locais que dão conta das dificuldades das empresas e dos trabalhadores que veem os seus postos de trabalhos extintos ou os seus salários sucessivamente diminuídos. Hoje, fazendo uso das 3 Horas de espera nas urgências do Hospital da Covilhã (facto/problema que nos remeteria para discussões de outras primaveras), passava os olhos pela última edição do Jornal do Fundão que fazia manchete alertando que “A coisa está Preta no distrito de Castelo Branco”. Li a manchete e parte do respectivo desenvolvimento onde, sem grande assombro, se dizia que os têxteis no nosso distrito assumem estar em situação de ruptura ameaçando o encerramento de portas. Automaticamente viera-me à memória um tema que tantos adiamentos conheceu e constrangimentos provocou, na classe política, e que por isso se tornara já uma espécie de Tabu. Falo-vos da Regionalização. Não sendo eu um profundo conhecedor dos parâmetros a considerar neste tema, tenho no entanto a opinião de que uma descentralização de poderes governativos para órgãos autárquicos locais poderia dar uma resposta mais incisiva nas reais preocupações que o nosso distrito conhece. Quem melhor perceberá as necessidades do tecido empresarial e das gentes senão aqueles que mais directamente contactam connosco e um mais profundo conhecimento detém sobre as diversas questões das populações que compõem as suas autarquias?

 

Acreditando e defendendo acerrimamente o poder do Estado na condução dos destinos do nosso país quero crer que este pequeno rectângulo Ibérico ganharia mais com os Governos a concentrarem as suas actuações em questões transversais ao país concedendo maior autonomia local a entidades responsáveis por responder a problemáticas particulares. Fazendo uso da expressão popular, trabalhada pelo JN, “a coisa está preta” não apenas no nosso distrito mas parece-me impensável que o Estado, por si só, tenha tantas mãos que ponham cobro às queixas de todos os distritos do nosso pequeno país que, ainda assim, é grande em dificuldades.

 

Ficarei à espera que em 2009, ano de eleições legislativas e novo programa governativo esta temática saia finalmente da gaveta e conheça novos contornos. Na altura lembrar-me-ei de aqui “postar” algo mais.

 

Amigos leitores,

Um Feliz 2009

 

publicado por Fábio Duarte às 21:28

Sábado, 27 de Dezembro de 2008

 

Passa tanto tempo e tão poucas memórias se me apagaram. Memórias de um passado vivido, conversas de um passado nunca passado, pensamentos visceralmente confusos. Hoje, como amanha, pouco me importa o que não fora dito ou feito…É a descontinuidade que torna o passado especial, inolvidável, mágico e inevitavelmente unificador. O futuro é óbvio e será “ad aeterno” o que do passado nos resta. O presente, outrora futuro, isso nos comprova… O que hade vir, sê-lo-á pelo que já foi. E assim será, sem dúvida alguma.

música: Calling all angels_ Lenny Kravitz
publicado por Fábio Duarte às 21:48

Sexta-feira, 26 de Dezembro de 2008

 

 

Em vésperas de Natal a Política continua a ser o principal tema abordado pelos media em Portugal muito por conta dos Professores, do estatuto dos Açores e, agora, do chumbo por parte do Tribunal Constitucional acerca da proposta de alteração para o novo código do trabalho. Assuntos a que muitos apetecerão recorrer como critica ao actual executivo. No entanto continuo sem ver, neste como em outros assuntos políticos, a Dr.ª Manuela Ferreira Leite comentar, criticar e aplaudir ou apresentar alternativas ao governo. Não deveria ser esta a principal função da actual Nº1 do maior partido de oposição? Ontem, mais uma vez, foi Pedro Rangel que assumiu o combate político e deu a cara por um partido cada vez mais degradado internamente. Lembram-se da polémica das faltas dos deputados do PSD no parlamento em dia de votações? Pois, também dessa vez foi este senhor quem apareceu sozinho numa atitude responsabilizadora, enquanto líder da bancada parlamentar deste partido. Não obstante da sua função, parece-me que dada a dimensão das consequências que advieram desta polémica, a Dr.ª Manuela Ferreira Leite deveria ter aparecido como suporte ao Dr. P. Rangel numa atitude de sincronismo e solidariedade. Mais que isso, deveria ter assumido que o caso teria impactos internos no partido devendo ser assumido pelos órgãos máximos do PSD com a seriedade que lhes é devida.

 

Se em Maio deste ano eu cria que a experiência da Dr.ª Manuela Ferreira Leite era ideal para unir forças internas e projectá-las para uma oposição pressionante, hoje vejo-me à procura dessa figura de rigor. De repente a principal figura do PSD desapareceu, simplesmente, do panorama politico Português e, pior que isso, apresentou a demissão ao debate social e económico impreterível entre todos aqueles que, pelo menos em tese, nos representam. É certo que esta senhora não foi eleita directamente pelos nossos votos, nem tem assento parlamentar, mas não podemos ignorar a sua condição de líder partidária de um dos partidos que nos afiguram na A.R.

 

O partido social - democrata, à sua cabeça, é a imagem perfeita do caos interno que por ali se vive. Santana Lopes, que procura de novo o seu “poleiro” na CM da Capital deste país de Galos de crista grande, motivou já uma nova polémica interna com Pacheco Pereira que se dispõe a alterar o município de voto apenas para não ter de votar obrigado no seu colega partidário, em Lisboa. Digam – lá se isto não é hilariante? Neste momento é Paulo Portas quem esfrega as mãos vendo a verdadeira oposição, à direita, TODA reduzida ao seu combate. Não é igualmente hilariante?

 

Amigos leitores, com esta hoje vos deixo.

Um Feliz Natal.

Boas Festas

24 de Dezembro de 2008

 

publicado por Fábio Duarte às 20:03

Segunda-feira, 22 de Dezembro de 2008

Entrámos…

 

“Quero-te”…

Procuro-o em cada toque, em cada beijo provocante,

Sinto-o mais perto a cada subtracção de peças...

“Quero-te tanto”…

 

Procuro em ti o fim e adio-o.

A cada arrepio um novo caminho…e prolongo-o.

O caminho que o homem com sua mulher percorrem juntos.

 

Continuo…

A cada estimulo múltiplas descobertas.

Com maior força te exploro,

Por maior fulgor sinto estar perto…tão perto!

 

Encontro…

Sentimento inesgotável de adjectivações

Em ti, o Nirvana.

 

O caminho não termina,

Nunca termina!

 

Procurá-lo-emos sempre,

Os dois…Julieta

 

publicado por Fábio Duarte às 00:05

Sábado, 20 de Dezembro de 2008

Hoje apenas deixo uma sugestão para quem, como eu, lhe apetece ficar por casa numa noite fria e pensar...pensar em tudo...pensar em quase nada.

 

Aqui estão alguns links que sugiro que visitem e, em ambiente de calma, oiçam, pensem...

 

 

Hans Zimmer:

 

( A small measure of peace - Ultimo Samurai)http://www.youtube.com/watch?v=GWm8-jlddaw

 

Tyler Bates:

 

(Goodbye My Love - 300) http://www.youtube.com/watch?v=Um0So5Sbqw0

 

publicado por Fábio Duarte às 19:11

Sexta-feira, 19 de Dezembro de 2008

 

 

  "Habemus Crisis"

 

 

Amigos leitores é tempo de crise, alias desde que eu sou eu, e que dou conta de que o sou, me lembro de ouvir a expressão recorrente "estamos em crise". A realidade, no entanto, mostra-nos outra crise e é desta que vos venho falar. Uma crise de valores, de principios, de crenças, de sentimentos, e de tantas outras coisas que por crise de palavras aqui não vos fá-lo. À margem da crise económica, que começa logo que outra acaba, falo-vos de uma crise que nos atormenta todos os dias e que justifica mesmo a degradação deste país.

 

 

...Pessoas tristes, descrentes, que se limitam a cumprir horários, no trabalho e fora dele; que se limitam a cumprimentar-se de manhã, à tarde e à noite e nem por partilharem parte da sua vida guardam tempo para se conhecerem; Amigos que o são por conveniência; Valores e principios dos quais nos orgulhamos mas que apenas nos orientam de quando em vez; Altas Individualidades que mereceram o nosso voto mas que não governam nem fazem oposição; Pessoas que...

 

Eu, como vós, conheço esta realidade e quero um país sofisticado, alegre e próspero. Mas não nos caberá a nós criar parte desse país? É certo que as coisas não vão bem, mas não menos certo será dizer que somos nós os responsáveis. Há que acreditar no futuro com rumo, lutar por ele, exigir de nós e dos outros, dar mais do que pensamos ter, e perder a postura derrotista com que nos rotulam "lá fora".

 

Se for preciso acreditar que o Magalhães é Português, que o Sr. José Socrates é Engenheiro, ou que o Sporting será Campeão Europeu este ano, entao façamo-lo e depressa porque este país, mais do que os outros, precisa de um povo que acredite nele.

 

 

 

 

 

 

publicado por Fábio Duarte às 16:19

Quinta-feira, 18 de Dezembro de 2008

 

 
 Há já alguns anos que me questiono verdadeiramente sobre o que é o Natal, ou pelo menos sobre se este Natal é o que realmente se adequa à lógica primeira que está na origem da sua celebração. Catolicismos à parte, julgo não estar muito errado quando penso, em voz alta, que esta quadra deve ser de celebração em comunhão com a família e com os amigos. Não mais errado estarei ao querer acreditar que essa comunhão deve ser eminentemente sentimental e afectiva que não pode, ou não deve, ser escondida com a nuvem capitalista por tradição que resulta da “necessidade impositiva” de presentear os outros como sinónimo do amor que temos pelo outro. O Natal começa a ser, na minha perspectiva, acreditando que não o é já em absoluto, mais um negócio dos homens semelhante ao “santo-governo” da Cova da Iria. Quero querer que pelo menos em períodos de crise também este lado de capitalismo cego deixe de o ser e que de uma vez por todas nos sentemos à mesa sem pensar na meia-noite. Lembrem-se que aqueles que de facto necessitam de atenção e de presentes vivem 365 dias/ano à espera dessa hora e ainda assim muito pouco do nosso tempo e atenção lhes guardamos.

 

publicado por Fábio Duarte às 22:30

Quarta-feira, 17 de Dezembro de 2008

Imagem de Zed´almeida

 

 

 Berardo e os 50milhões para o plantel do Benfica

 

O Sr. Berardo desapareceu de repente das capas dos jornais desportivos onde, para minha esperança, anunciava a intenção de investir uns milhões de euros no plantel do futebol profissional do SLBenfica. Bem talvez com a crise na bolsa e com os milhões que já perdeu esteja à espera que o periodo fantasma de deflação, que se admite verificar nos mercados financeiros, atinja igualmente os valores dos passes dos jogadores. Assim faz sentido... tal como os governos têm medo do adiar do consumo para "amanha" agora sou eu que tenho medo do adiar da compra dos jogadores para "o próximo ano" e assim por diante. Desta forma vamos continuar na perspectiva do "p´ó ano é que é"!!!.

 

Mas reparem que talvez venha de lá um grande negócio... se a deflação atingir os passes dos jogadores secalhar o Berardo ainda vai buscar o CR7 ao M.U... mas ele que se apresse antes que também o Sr. Alberto João se candidate a fundos do estado e se lembre de o levar para o Maritimo. Se assim for que passe pelo Seixal e que leve também esse nome grande do futebol Português, o Makukula!

 

Saudações Benfiquistas

Amanha já sabem, depois do 8-0 todos no pelourinho até de manha.

 

A imagem é da autoria de Zedalmeida em: http://cache02.stormap.sapo.pt/fotostore01/fotos//3e/bd/6a/16709_000gb14p.jpg

publicado por Fábio Duarte às 14:52

 

Estado reforça Banca e reforça-se
 
 
 Se a crise da banca já não é assunto novo para qualquer um de nós este é, contudo, um tema que ainda muito nos tem a dar em matéria económica e principalmente política.
 
Apesar do Ministro da economia português não se ter mostrado particularmente preocupado aquando do Subprime nos EUA o que é facto é que hoje são os Estados Europeus a garantir a solidez da banca. Para além dos milhões de euros a garantir a liquidez dos bancos portugueses também a intervenção do Estado como intermediário na redução das taxas de juros interbancárias é hoje aplaudida de pé pelos quatro grandes da Banca Portuguesa. Não obstante da inegável dificuldade que atravessamos pela espécie de “efeito-borboleta” que sofremos da crise norte-americana hoje é, como dizia Fernando Ulrich (Presidente do BPI), tempo de grandes políticas. Obama, apontado já como um futuro Roosevelt na resolução de outra grande depressão económica, espelha bem a ideia deste banqueiro português.
 
No entanto parece-me que a discussão politica vai muito além do impacto das decisões económicas. De forma indirecta e subtil os Estados em geral acabam por reforçar as suas posições nas economias mundiais pelo suportar de tão grande crise.
 
Olhando para cá da nossa raia parece-me cada vez mais evidente o entusiasmo do nosso Primeiro-Ministro quando se debruça sobre esta matéria. É que, reconhecendo mérito do executivo que encabeça, talvez já tenha percebido que mais que reforçar a banca está a reforçar a sua governação e em particular o Estado em Portugal. Digo isto porque nunca vi tantos liberais aplaudir tão importante intervenção do Estado nas economias e desconfiar tanto da mão invisível que segundo muitos optimizava o funcionamento económico. O que vos digo é que da crise começa a nascer um PS cada vez mais parecido consigo próprio, mais à esquerda, ou pelo menos numa posição bem mais centrista que a que até agora tem mostrado.
 
Na minha opinião falta já muito pouco para que consigamos medir o impacto político desta crise. Talvez em época de legislativas o PS, contra o esperado até agora, venha mesmo a conseguir maioria absoluta contra uma oposição que conhece, á cabeça, o que é a recessão.
 
 
Fábio Dias Duarte em, 
 
6ªEdição Infogest (UBI), Covilhã, 19 de Outubro
                                                
sinto-me: enérgico
publicado por Fábio Duarte às 14:43

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