Começo a gostar deste Jovem, Futuro PM de Portugal, Passos Coelho. Não esperava, confesso, o distanciamento da campanha para a PR que manteve até ao fim, cumprindo apenas com os serviços mínimos de apoio público na campanha. E isso foi importantíssimo para Cavaco e para o próprio Passos Coelho. Cavaco, é certo, tinha a máquina montada e a história política a favor de quem garante (sempre) um segundo mandato na PR. Cavaco não precisou, portanto, de Passos Coelho. No entanto este podia ter assumido aquela posição de impaciência, que eu até esperava, e de certo modo se justificava num Jovem líder político de um grande partido. Inteligentemente, parece, que se manteve à margem e adoptou o discurso de que PS tinha condições de governar mesmo que Cavaco ganha-se as eleições de 23 de Janeiro. Disse até que, à imagem do que fez com o PEC e com o OE2011, o PSD poderá deixar passar outros diplomas em prol do interesse público. Podia ser mais fácil chumbar medida anti-populistas e embandeirá-las como “slogan” da luta do PSD contra o PS ganhando já a Governação nacional. Mas não o fez. E muito bem. Tem se mostrado paciente e mais cauteloso quanto às suas considerações sobre a entrada do FMI.
Como eu disse dias antes das eleições para a PR, temia um clima político complicadíssimo depois da vitória de Cavaco Silva. Equivoquei-me, para grande surpresa minha. O responsável? Entre outros: Passos Coelho. Tem andando a trabalhar (bem) nos basteadores da política, aconselhando-se, ganhando apoio e substancia. Li hoje que Passos foi aconselhado a reduzir o tamanho do Governo, fazendo fusões entre ministérios e fazendo outros desaparecer. Uma medida que, em comunhão com a sua ideologia, poderá agilizar o funcionamento do Estado e, por conseguinte, da economia. Fala-se já, do nome de Eduardo Catroga. E este senhor dá, e de que maneira, confiança a quem afiança o voto no PSD nas próximas legislativas. Estarei atento aos passos de Passos.