Terça-feira, 18 de Janeiro de 2011

Esta semana o meu olhar contínua, inevitavelmente, centrada na esfera política. Li hoje, na edição do Jornal de Negócios (18Jan) uma nota positiva na apreciação ao trabalho de José Sócrates e Teixeira dos Santos no trabalho que têm desempenhado na reconstrução de uma imagem credível junto dos mercados internacionais. O jornalista responsável pela notação atribui à obstinação, teimosia e persistência dos dois membros maiores do Governo a justificação pela estabilidade actual da nossa imagem política e económica. Se grande parte dos jornalistas tem, em grande parte do tempo, criticado essa obstinação eu, pelo contrário, tenho dito sempre que é desta fibra que um politico tem de ser feito. Se é um defeito para um comum cidadão, não o é, de todo, para alguém que tem de viver diariamente de pressões, correntes e contra-correntes.

 

A maior virtude deste primeiro é a sua obstinação. Não é por isso que o Pais tem vivido tempos conturbados, creio. Se os nossos problemas são, para além de económicos (agora de estrutura), políticos, muito se deve ao péssimo trabalho jornalístico que induz ciclos de guerra política. O artigo a que me refiro fala em estabilidade graças à persistência dos líderes. Eu falo em estabilidade do governo graças à instabilidade das presidenciais. Uma vez encontrado outro foco de interesse, os media têm deixado em paz os governantes e isso nota-se na estabilidade, mais que na fotografia.

 

Temo o choque político do fim das eleições presidenciais no próximo domingo, independentemente de quem ganhe. A instabilidade e a pressão jornalística e da oposição vão voltar ao governo e ele, convenhamos, estão a mostrar trabalho. Muito e difícil trabalho.

 

Em relação ao perfil de Sócrates acredito que, no futuro, será encarado como um enorme politico e um bom primeiro-ministro que, pese a culpa que tem, se debateu e gladiou como poucos pelo nosso país e pela nossa independência politica, embora que já limitada. Acredito que este não se abdicará do seu lugar a troco de cargos ou pressões externas de momento como já aconteceu.

publicado por Fábio Duarte às 17:57

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